Entrevistando cosplayers: Mony Sanri

   Dando continuidade às entrevistas com cosplayers do estado do Amapá, após a entrevista de Sabrina Correia, desta vez trago as respostas de Monique Ribeiro, a Mony Sanri, ao questionário proposto:

Quem é você e o que faz da vida?

   Meu nome é Monique. Sou macapaense, nascida e criada no bairro do Trem. Formada em Administração com ênfase em Marketing pela FAMAP. Meu último emprego foi como gerente de marketing da Escola Moderno. Sou comunicativa, extrovertida e adoro fazer coisas ousadas.

Qual a sua idade?

   31 anos.

Há quanto tempo você tem contato com mangá e anime?

   Desde criança, assistia desenhos oriundos da cultura oriental sem saber que, na realidade, eram animes, lia revistinhas sem saber que eram mangás. Então, posso dizer que desde sempre.

Há quanto tempo você faz cosplay?

   Faço cosplay há 3 anos.

Qual foi o motivo que fez você se interessar a fazer cosplay?

   Pelo sonho de criança em querer ser aquele personagem. E, quando cresci, descobri que era possível. Recebi muitas críticas pela idade que tenho, mas nada me impediu de realizar esse sonho.

Qual foi o seu primeiro cosplay? Você tinha qual idade? E o último?

   Meu primeiro cosplay foi a personagem "Alice" do filme "Resident Evil". eu tinha 29 anos. Meu último cosplay foi a versão feminina do "Motoqueiro Fantasma", em 2015, que fiz para a comemoração dos 10 anos do Amapanime.

Mony, como a Motoqueira Fantasma.

Ao todo, quantos e quais cosplays você já fez?

   Ao todo fiz apenas quatro cosplays: Alice (Residente Evil), Atena (Cavaleiros do Zodíaco), Motoqueira Fantasma e Mary Jane (Homem Aranha, versão simples).

O que o cosplay já trouxe de experiência para a sua vida pessoal e profissional?

   Para a vida pessoal: A realização de um sonho de infância, a concretização de que tudo é possível, basta querer, e o reconhecimento dos fãs dos personagens que fiz.
Para a vida profissional: A admiração de colegas e parceiros pela "ousadia" e criatividade em me vestir de algum personagem.

Se alguém falasse para você que cosplay é coisa de criança ou de quem tem problemas mentais, qual seria a sua reação?

   Sentir pena. No começo, ficava muito brava e chateada quando diziam isso, mas depois percebi que, na realidade, quem critica é porque não tem coragem de fazer. E dou um conselho: Abra a mente e amplie seu conhecimento cultural.

Hoje, o cosplay é apenas um hobby ou você trabalha com ele de alguma forma?

   Sempre será um hobby.

O que você considera para a escolha do cosplay? A semelhança física com a personagem? O comportamento ou personalidade semelhante? Outra coisa?

   Considero a personalidade, roupas e atuação.

Mary jane.

É você mesma que produz seus cosplays?

   Não, mando fazer as roupas na costureira e os acessórios com um amigo carnavalesco. Geralmente, encomenda-se com os cosmakers.

Qual a maior dificuldade que você encontra para a confecção dos seus cosplays?

   Encontrar o material para fazer os acessórios, perucas; e a parte financeira, pois, dependendo do personagem, sai caro fazer.

Qual o cosplay que mais te deu trabalho? Por qual motivo?

   Atena, a armadura e o báculo, pois foi difícil encontrar o material para a confecção.

Atena, com a armadura e o báculo.
É o cosplay que mais pedem para a Mony fazer.

Já fez cosplay em algum evento nacional ou internacional? Pretende fazer algum dia?

   Ainda não. Meu sonho é participar do CCXP (que acontece em São Paulo) e, depois, juntar uma boa graninha pra ir ao evento oficial internacional.

Já sofreu discriminação por ser cosplayer?

   Sempre... A ignorância não tem limites, seja pra qual assunto for.

Já recebeu algum prêmio?

   Siimmm. Na última edição do Amapanime K.O., em 2015, recebi o prêmio de melhor cosplay desfilando com minha Atena.

Já sofreu assédio enquanto fazia cosplay ou em decorrência disso?

   Não, mas creio que seja porque nunca fiz um cosplay com roupas mais ousadas.

Acompanha o trabalho de outros cosplayers? Tem algum como referência?

   Sim, minha referência é a Gabriela Boomer (faz cosplays fantásticos e perfeitos), minha musa inspiradora, e o Allan Santos, que fez a noiva cadáver (perfeita).

Em sua opinião, qual a maior dificuldade que um cosplayer enfrenta no Amapá?

   Falta de conhecimento da cultura oriental por parte dos amapaenses e de eventos que valorizem a arte cosplay.

Qual a sua melhor área de atuação?

   No desfile, pois morro de vergonha, ainda, de fazer uma apresentação atuando em uma cena.

Você nutre algum carinho especial por algum dos teus cosplays?

   Minha Alice... Pois foi meu "ponta -pé inicial" para esse mundo maravilhoso.

A Alice, de Resident Evil.

Há algum personagem que você tenha muita vontade de fazer?

   Sim, a Vampira dos X-Men., mas isso só quando eu malhar horrores pra ficar com o corpão dela.

Pausa na entrevista para dizer que - como alguns memes
por aí fazem questão de deixar claro -,
 realmente, a Vampira "clássica" tem um corpão.

Você realmente incorpora o personagem, se sente como ele enquanto faz o cosplay? Como descreveria a experiência?

   Sim, é como se entrássemos na história. Como se adquiríssemos os poderes por um breve tempo. Pra mim é como uma fuga deste mundo corrupto. Adoro fazer cosplay. Você é, por um dia, a concretização do sonho de outra pessoa que sempre quis conhecer aquele personagem, isso não tem preço, os olhares, as fotos, os questionamentos... É fantástico!

Por fim, você tem alguma dica ou conselho para quem está começando ou sente vontade de fazer cosplay?

   Comece pelo mais simples, pois tenho certeza de que quando você for algum personagem pela primeira vez, nunca mais vai querer parar.

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Não perca a terceira entrevista da série, com Gabriela Boomer,

a ser publicada na segunda-feira, 01 de fevereiro.